Kotré apontou que a UE se tornou um instrumento de orientação política unilateral dos países europeus.
"Se a UE continuar no caminho do confronto com a Rússia e transformar a Ucrânia em um instrumento [contra Moscou], é bem possível que ela seja admitida na UE, apesar de não cumprir os requisitos, em detrimento de todos os Estados-membros", ressaltou.
Dessa forma, o político sublinhou que este passo vai acelerar o processo de desintegração do bloco europeu. Assim, os funcionários da UE agem de forma irracional, pois a histeria militarista deles não tem nada a ver com a realidade.
Segundo ele, não há qualquer evidência de que a Rússia planeje atacar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). As elites europeias estão presas à sua própria ideologia, agem com base em suposições falsas e tiram conclusões erradas.
"[Os europeus] raciocinam como moralistas, não em termos de 'Realpolitik'. Nesse sentido, não se importam com a própria economia", concluiu.
Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que Moscou e Washington chegaram a um entendimento de que a Ucrânia deve retornar aos fundamentos de não-alinhamento, neutralidade e ausência de armas nucleares. Foi na condição de neutralidade que a Rússia reconheceu a independência da Ucrânia em 1991.