“Naturalmente, nós apoiamos e apresentamos a iniciativa de conceder a possibilidade à população civil de sair da zona de operações militares. Aquilo que foi proposto pelo atual presidente da OSCE, que teve o apoio do secretário-geral da ONU, vai no mesmo sentido destas iniciativas. A questão mais importante e urgente é a cessação de todas as ações militares e a retoma do diálogo pacífico sobre as vias para regularizar o conflito. Tais medidas pontuais podem contribuir para baixar a tensão na zona do conflito mas são necessárias medidas mais enérgicas para pôr fim aos combates e à morte de civis”, declarou Lukashevich.
Kiev está realizando desde meados de abril uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de 5.000 civis já foram vítimas deste conflito.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito.
O Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou que as Forças Armadas ucranianas estão a aumentar os efetivos em todas as zonas onde ocorrem combates. Os independentistas, por seu turno, declararam que fizeram “avançar a linha da frente” para evitar os bombardeios de zonas residenciais das cidades por parte do Exército ucraniano.
A Rússia considera que os últimos acontecimentos na região de Donbass comprovam os piores receios: Kiev tenciona resolver a situação por via militar.