Como foi relatado mais cedo, o plano tem como base o Acordo de Minsk. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que ainda não está claro se as negociações sobre a Ucrânia continuarão após a reunião em Moscou.
O novo plano é o Acordo de Minsk adaptado à situação, que mudou em seis meses, e foi desenvolvido devido às preocupações de Berlim e Paris relacionadas com o fornecimento de armas norte-americanas à Ucrânia.
Segundo divulga o jornal britânico The Independent, o plano baseia-se em propostas anteriores feitas por Vladimir Putin. "Parece que este plano será baseado na iniciativa de nove pontos, já apresentada pelo Sr. Putin que a senhora Merkel e Hollande completaram com as disposições de outros planos de paz, tais como uma maior autonomia para algumas áreas do leste da Ucrânia", diz a publicação.
Além disso, o jornal lembra que a Europa se opõe ao fornecimento de armas para o governo ucraniano, que está agora a ser discutido em Washington. O secretário de Estado dos EUA John Kerry comentou esta questão na quinta-feira:
"Hollande deixou claro que o Ocidente é contra o fornecimento de armas para lutar contra os ucranianos ‘separatistas, armados por Moscou’ ele pronunciu-se a favor da última tentativa da solução diplomática".
Segundo estimativas de The Independent, a declaração de Hollande feita no dia anterior (5 de fevereiro), que a França se opõe a adesão da Ucrânia à OTAN, pode entrar no plano franco-alemão e se tornar "uma certa garantia".
Ao mesmo tempo, para o jornal, a visita dos líderes da França e da Alemanha a Moscou pode querer dizer que a Europa está preocupada com a nova escalada do conflito na Ucrânia.
Segundo soube a publicação The Wall Street Journal, esta semana o Presidente Putin tinha enviado a Paris e Berlim as suas propostas para a resolução do conflito na Ucrânia, mas os responsáveis da França e Alemanha teriam rejeitam estas iniciativas e decidido ir a Moscou com um plano abrangente.
O plano apresentado por Putin envolve a concessão de maior autonomia às regiões do Leste ucraniano e o reconhecimento do controle por parte das milícias sobre um maior território do que o indicado nos Acordos de Minsk.