"Diplomatas e oficiais europeus disseram que as conversas nos Estados Unidos sobre o armamento da Ucrânia estão empurrando a Rússia e a Europa para um acordo diplomático, porque ambos os lados não estão interessados em fornecimento de armas para Kiev, bem como em jogos diplomáticos com os EUA", escreve o jornal.
Diplomatas alemães em Washington estão preocupados com o aumento da pressão dos EUA sobre a questão do armamento de Kiev. Eles enfatizam que Merkel não iria a Moscou se ela não tivesse certeza de que Putin estava pronto para assinar um acordo. O embaixador alemão Peter Wittig nos Estados Unidos acredita que a chanceler alemã não vai a Moscou "de mãos vazias."
O chamado Protocolo de Minsk, que consiste em 12 pontos, foi assinado pelos representantes da Ucrânia e das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk com a mediação da Rússia e da Organização Para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em 5 de setembro.
Político alemão, da União Democrata-Cristã, Willy Wimmer acredita que visita de Merkel e Hollande é um sinal muito positivo.
“Agora temos de agir de forma gradual. O conflito deve ser interrompido. O sangue não deve ser derramado. Mas também é necessário ter em mente que as sanções devem ser levantadas contra quem quer que seja, a partir de hoje. Sanções são o caminho para a guerra e nós sabemos isso com certeza. Tudo o que na Europa pode causar divergências de novo deve ser resolvido por meio de negociações. Os Estados Unidos devem, em princípio, mudar sua política em relação a nós. Caso contrário, vamos balançar no continente de um conflito para outro”, disse ele.
Os 12 pontos dos acordos de Minsk serão a base das conversações de Merkel e Hollande em Moscou na sexta-feira.