“Não tem guerra, graças a Deus. Mas tem uma tentativa de conter nosso desenvolvimento com várias medidas… Mas nós não planejamos entrar numa guerra com ninguém, planejamos cooperar com todos”, declarou o presidente russo.
Parece que estas ideias também são às vezes partilhadas pelos países ocidentais. Durante a Conferência de Segurança de Munique, por exemplo, a chanceler alemã Angela Merkel disse que o Ocidente não quer construir a segurança na Europa contra a Rússia, mas sim com a Rússia.
A União Europeia impôs o primeiro conjunto de proibições de viagem e congelamento de bens contra pessoas e entidades supostamente responsáveis por desestabilizar a Ucrânia em março de 2014.
Ainda no ano passado, os Estados Unidos, a União Europeia e os seus aliados acusaram a Rússia de se intrometer no conflito ucraniano, inclusive prestando uma suposta assistência militar para os separatistas da região de Donbass, que haviam declarado independência por se recusarem a reconhecer a legitimidade do novo governo em Kiev, que subiu ao poder depois de um golpe de Estado em fevereiro.
Desde março de 2014, o Ocidente já impôs várias rodadas de sanções contra Moscou, visando não só indivíduos de alto escalão, mas também os setores bancários, de energia e de defesa da Rússia.
O Kremlin tem repetidamente negado qualquer envolvimento na crise interna da Ucrânia e qualifica a linguagem das sanções como contraproducentes. Em resposta às sanções ocidentais, Moscou impôs uma proibição de um ano sobre a importação de certos alimentos dos países que impuseram restrições.