Putin lembrou que as promessas de não alargamento para leste dadas na altura às autoridades soviéticas pela OTAN viraram palavras vazias.
Segundo o presidente russo, no quadro do programa da UE Parceria Oriental foram feitas tentativas de separar da Rússia certos países da ex-URSS, colocá-los perante um escolha artificial "com a Rússia ou com a Europa".
Putin sublinhou que, em fevereiro do ano passado, os EUA e certos países da União Europeia apoiaram o golpe de Estado em Kiev.
O presidente da Rússia disse que o "partido da guerra" em Kiev, apoiado do exterior, "continua as tentativas de empurrar o povo ucraniano para o abismo de uma catástrofe nacional".
Kiev está realizando desde meados de abril uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de 5.000 civis já foram vítimas deste conflito.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito.
O Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou que as Forças Armadas ucranianas estão a aumentar os efetivos em todas as zonas onde ocorrem combates. Os independentistas, por seu turno, declararam que fizeram "avançar a linha da frente" para evitar os bombardeios de zonas residenciais das cidades por parte do exército ucraniano.
A Rússia considera que os últimos acontecimentos na região de Donbass comprovam os piores receios: Kiev tenciona resolver a situação por via militar.