“Vamos encontrar um compromisso dentro do país. Devemos proteger a paz, devemos proteger a tranquilidade da cidade de Kramatorsk, devemos proteger a Ucrânia. É exatamente por isso vou a Minsk, para imediatamente e sem quaisquer condições cessar o fogo e iniciar o diálogo político. Vamos arrumar tudo nós mesmos “, disse Poroshenko durante a visita a Kramatorsk.
Deve-se notar que no dia 10 de fevereiro a cidade ucraniana de Karamtorsk foi bombardeada com foguetes. 16 pessoas morreram e mais 48 foram feridas. As autoridades ucranianas acusaram as milícias independentistas deste ataque mas eles negaram estas acusações.
O presidente ucraniano acrescentou que Kiev quer a paz sem quaisquer condições. “Pedimos o cessar-fogo, a retirada de forças estrangeiras e o fechamento da fronteira. Eles não têm nada a fazer aqui. Não temos nenhum conflito”, frisou.
Os EUA, Ucrânia e UE acusam a Rússia de ingerência nos assuntos internos da Ucrânia. Moscou nega categoricamente estas acusações e afirma que não é parte do conflito interno ucraniano, não tem nada a ver com os acontecimentos no sudeste da Ucrânia e está interessada em que a Ucrânia supere a crise política e econômica.
Kiev está realizando desde meados de abril uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de 5.000 civis já foram vítimas deste conflito.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito.
O Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou que as Forças Armadas ucranianas estão a aumentar os efetivos em todas as zonas onde ocorrem combates. Os independentistas, por seu turno, declararam que fizeram "avançar a linha da frente" para evitar os bombardeios de zonas residenciais das cidades por parte do exército ucraniano.
A Rússia considera que os últimos acontecimentos na região de Donbass comprovam os piores receios: Kiev tenciona resolver a situação por via militar.