Os Acordos de Minsk, assinados por representantes do governo ucraniano e os líderes das autoproclamadas Repúblicas de Donetsk e Lugansk, tornaram-se um sucesso diplomático da Rússia, escreve no seu artigo Melkulangara Bhadrakumar, colunista do site analítico Strategic Culture Foundation, ex-diplomata e cientista político.
Segundo ele, as condições dos Acordos de Minsk confirmam que Moscou entrou nas negociações com uma posição de partida bastante forte, contrariamente às informações difundidas pelos meios de comunicação ocidentais.
"Sem dúvida, a Rússia beneficiou [das negociações], porque a posição inflexível do Kremlin em negar as ambições territoriais na Ucrânia foi confirmada. Por outro lado, a Rússia defende o princípio de integridade territorial da Ucrânia e vai segui-lo até ao fim, desde que haja paridade na observância dos interesses legítimos de Moscou e do Ocidente. Os líderes da França e da Alemanha parecem compreender esta posição", opina o analista.