EUA preparam ofensiva para tentar libertar Mossul do Estado Islâmico

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Tropas iraquianas e curdas lançarão um ataque massivo contra os militantes do Estado Islâmico em abril ou maio deste ano para tentar retomar o controle sobre a cidade iraquiana de Mossul, segundo declarou um funcionário do Comando Central dos Estados Unidos em uma entrevista coletiva na quinta-feira (19).

De acordo com o oficial, os norte-americanos estão treinando e equipando as forças iraquianas para combater os jihadistas, ajudando-as com logística, apoio aéreo e inteligência. A mesma fonte acrescentou que a ofensiva por Mossul incluirá cinco brigadas iraquianas, com cerca de dois mil soldados cada uma. Três brigadas de combatentes curdos também são esperadas para fortalecer a campanha no norte do país. Além disso, a operação também envolverá três brigadas iraquianas de reserva, bem como uma força composta por ex-policiais e membros tribais de Mossul. Segundo o oficial norte-americano, o ataque planejado contaria com até 25 mil combatentes contra o Estado Islâmico.

O funcionário opinou ainda que a campanha aérea da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos teve "grandes efeitos". Ele admitiu que levaria tempo para exterminar o grupo extremista, mas alegou que, militarmente, os jihadistas estão "em declínio". 

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A cidade de Mossul, no norte do Iraque, foi capturada pelo Estado Islâmico em junho de 2014, e atualmente é controlada por um número estimado de mil a dois mil extremistas.

Na segunda-feira (16), o premiê iraquiano, Haider Abadi, disse à agência britânica BBC que esperava ver Mossul liberada dentro de alguns meses, e comemorou o fato de a coalizão aérea liderada pelos Estados Unidos ter intensificado seus ataques nas últimas semanas.

O Estado Islâmico, grupo extremista sunita conhecido por suas táticas brutais, conquistou grande parte da Síria e do Iraque em 2014. No princípio, o movimento jihadista surgiu como uma das facções rebeldes que lutavam contra o governo do presidente sírio Bashar Assad, hostilizado também pelos Estados Unidos e por grande parte do mundo ocidental.  

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A Rússia, por outro lado, tem insistido na necessidade de seguir o direito internacional e o princípio de soberania para avançar na luta global contra o terrorismo. Segundo Moscou, os bombardeios aéreos da coalizão internacional são insuficientes para combater o Estado Islâmico, além de ilegítimos por não serem coordenados com as autoridades do governo sírio.  

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