No comunicado, a chanceler também realçou "a coragem do antigo vice-primeiro-ministro, que continuou a expressar publicamente as suas críticas à política do governo".
O político russo de oposição Boris Nemtsov foi assassinado a tiros no centro de Moscou na noite de sexta-feira, 27.
Em comunicado prévio, o Comitê de Investigação revelou não ter dúvidas de que o crime tenha sido minuciosamente planejado, assim como o lugar escolhido para o assassinato — a ponte Bolshoi Kamenny, próxima ao Kremlin.
De acordo com o seu porta-voz oficial, Dmitry Peskov, “Putin afirmou que esse assassinato cruel apresenta todos os elementos de um crime por encomenda e possui um caráter de provocação”.
Borisv Nemtsov tinha 55 anos. Ele foi vice-primeiro ministro do governo russo na época do presidente Boris Yeltsin, quando foi considerado um possível candidato à presidência. Em dezembro de 2007, chegou a apresentar candidatura à presidência da Rússia pelo seu partido Soyuz Pravykh Sil (União das Forças de Direita), mas acabou retirando-a em favor de Mikhail Kasianov.
Desde o início da presidência de Vladimir Putin, Nemtsov se posicionou como um crítico ativo da sua administração. Nemtsov ocupou diversos cargos públicos e foi eleito sucessivas vezes para o parlamento. Ele era o vice-presidente do Partido Republicano da Rússia — Partido da Liberdade Popular (RPR-PARNAS) e, desde 2013, ocupava o cargo de deputado da região de Yaroslavl, cidade satélite de Moscou.