Boris Nemtsov, de 55 anos, foi assassinado a tiros no centro de Moscou na noite de sexta-feira, 27. Investigadores disseram que o caso tem características de um assassinato encomendado.
A primeira delas seria a de que Nemtsov foi usado como uma "vítima sagrada" de uma conspiração para desestabilizar o presidente Vladimir Putin.
Em outra hipótese, a morte do opositor estaria ligada à crise na Ucrânia. Nemtsov participou de uma manifestação contra o conflito no país nesta semana. "Não há segredo nenhum que há personagens radicais em ambos os lados em conflito", disse Markin, referindo-se aos que defendem a soberania de Kiev e os que querem a independência do leste da Ucrânia.
O Comitê de Investigação também está considerando a possibilidade de a morte ter ligação com extremistas islâmicos. Nemtsov já havia recebido ameaças depois que ele expressou opiniões críticas em relação ao atentado contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo, em janeiro.
A polícia também não descarta a hipótese de a morte de Nemtsov ter sido um crime passional ou motivado por concorrentes de suas empresas.
Desde o início da presidência de Vladimir Putin, Nemtsov se posicionou como um crítico ativo da sua administração. Nemtsov ocupou diversos cargos públicos e foi eleito sucessivas vezes para o Parlamento. Ele era o vice-presidente do Partido Republicano da Rússia — Partido da Liberdade Popular (RPR-PARNAS) e, desde 2013, ocupava o cargo de deputado da região de Yaroslavl, cidade satélite de Moscou.