A emissora destacou que Berlin depositava grandes esperanças em Poroshenko: ao assumir a presidência ele prometeu regularizar o conflito no leste da Ucrânia pela via pacífica. “Agora, passados 10 meses de seu governo, reina um forte desencanto em Berlin” — informou ARD.
Em entrevista à ARD, o presidente da Conferência de Segurança de Munique, Wolfgang Ischinger, observou que a fraqueza do exército ucraniano foi uma surpresa não só para Kiev, mas para muitos no Ocidente. "Estamos lidando com um exército decadente e incapaz de lutar" — concluiu.
Na opinião do deputado do parlamento alemão Marieluise Beck, do Partido Verde, o conflito no leste da Ucrânia reforçou as posições dos bilionários ucranianos. “Se uma pessoa como Igor Kolomoisky defende a cidade de Dnepropetrovsk com dinheiro próprio, Poroshenko não será capaz de apresentar uma iniciativa anti-corrupção contra ele” — destacou o político.
De acordo com o último relatório da ONU, entre meados de abril de 2014 e 19 de fevereiro de 2015 o conflito no leste da Ucrânia levou à morte quase 6 mil pessoas, além de deixar 14595 feridos, incluindo 169 crianças.