O Irã está esperando a resposta do Iraque à oferta de manter bens culturais iraquianos em seu território até ao fim das operações de combate no Iraque, segundo declarou Hamid Ziyaiparvar à Sputnik:
“A República Islâmica do Irã respondeu às atividades destrutivas do Estado Islâmico no Iraque, que atingiram o patrimônio histórico do país no museu da cidade de Mosul, por meio de uma carta dirigida ao ministro do Turismo e Património Cultural do Iraque, Adel Fahd al Sharshab. A carta expressa a disposição do Irã de manter a segurança dos bens culturais de museus iraquianos, que estão no risco. O lado iraniano se compromete a transportar os artefatos para o Irã e armazená-los em um lugar seguro. No momento certo, a pedido do lado iraquiano, os bens histórico-culturais serão devolvidos sãos e salvos e postos à disposição das autoridades iraquianas e do povo.
Lembramos, que na quinta-feira passada, 26 de fevereiro, tornou-se público um vídeo de cinco minutos que mostra um grupo de homens no interior do museu de Mosul usando martelos e brocas para destruir várias grandes estátuas, mostradas a seguir aos pedaços. Pouco depois, as imagens mostram um homem vestido de preto nas proximidades de um sítio arqueológico, dentro de Mosul, destruindo uma divindade assíria representada por um touro com asas, datada do século 7 a.C.
O vídeo foi postado em contas de redes sociais de grupos afiliados ao Estado Islâmico.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, afirmou que a destruição das peças viola uma resolução do Conselho de Proteção dos Bens Culturais de zonas de conflito na Síria e no Iraque. Em função disso, explica o comunicado da diretora-geral da Unesco, a organização decidiu se dirigir diretamente ao secretário-geral da ONU e solicitar a realização extraordinária de uma sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a situação no Iraque.
Especialistas comparam as ações do Estado Islâmico no Iraque ao vandalismo do movimento Taliban, que em 2001 explodiram as famosas estátuas gigantes de Buddha em Bamiyan, no Afeganistão.