Um vídeo de cinco minutos mostra um grupo de homens no interior do museu de Mosul usando martelos e brocas para destruir várias estátuas grandes, mostradas a seguir aos pedaços. Pouco depois, as imagens mostram um homem vestido de preto nas proximidades de um sítio arqueológico, dentro de Mosul, destruindo uma deidade assíria representada por um touro com asas, datada do século 7 a.C.O vídeo foi postado em contas de redes sociais de grupos afiliados ao Estado Islâmico.
Mosul é a segunda maior cidade do Iraque. A província de Nínive, que fica nas proximidades, caiu nas mãos dos militantes durante uma ação em junho de 2014. Durante esse tempo eles destruíram uma série de monumentos locais, entre os quais estavam a Mesquita do Profeta Yunus (Jonas), reverenciado tanto por cristãos, quanto por muçulmanos, e o convento de São Jorge.
Os especialistas familiarizados com as obras do museu de Mosul revelaram que algumas esculturas destruídas tinham quase 3 mil anos. Em comentários ao vídeo, os radicais afirmaram que as suas ações representam a “luta contra os ídolos”.
Na segunda-feira os militantes depredaram a biblioteca pública de Mosul, cujo prédio depois foi explodido. Os militantes do Estado Islâmico montaram uma fogueira com livros antigos e pergaminhos, considerados patrimônio histórico do país. No total, foram queimados cerca de 10 mil tomos de obras raras de filosofia e história.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, também condenou o ato. Ele classificou a destruição das peças do museu de Mosul como "condenáveis" e afirmou que os terroristas "roubaram o passado da população".