O especialista em infectologia alerta que o encontro de Bruxelas proporciona grande mobilização de empresas e inteligências de vários países no intuito de fazer vacinas, que podem levar de forma mais rápida à cura em massa para a epidemia. “Quando existe a mobilização de outros países e envolve outras inteligências, acelera o processo de pesquisa, tratamento, cura e prevenção de uma doença de elevado impacto em termos de saúde pública.”
Sobre a situação de o Brasil estar ou não preparado para epidemias como a do ebola, um estudo feito pela organização Save The Children com 72 países considerou o Brasil como o melhor entre os piores países que possuem sistemas de saúde vulneráveis em epidemias graves. Edimilson Migowski concorda com o resultado da pesquisa, pois todas as vezes que se necessita de leitos de hospital que demandem algum tipo de isolamento de um paciente, sempre existe um número restrito dificultando o atendimento ao paciente. “Eu acho que é pouco provável que diante de uma epidemia em qualquer país do mundo haja países preparados para enfrentar uma epidemia dessas. Por isso é importante, de imediato, trabalhar na prevenção com a fabricação de vacinas para conseguir abortar esse surto.”
Segundo último balanço feito pela Organização Mundial de Saúde, em janeiro deste ano, 23.729 pessoas foram contaminadas pelo ebola e 9.604 já morreram vítimas da doença nos três países mais afetados – Serra Leoa, Libéria e Guiné, na África.