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Alerta global: ameaça do ebola permanece

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A Conferência Internacional sobre o Vírus Ebola que acontece em Bruxelas, na Bélgica, promovida pela União Europeia, é considerada um marco, pois leva o problema da epidemia para o nível mundial.

Equipe de combate à propagação do ebola na Libéria - Sputnik Brasil
Países africanos querem um 'Plano Marshall' para se recuperar do ebola
A declaração é do infectologista e diretor do Instituto de Pediatria da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Dr. Edimilson Migowski. O médico acredita ser de extrema importância ampliar a discussão do problema. “Pela primeira vez nos últimos meses, o ebola deixa de ser um problema só africano para ser realmente um problema mundial. A partir do momento em que ocorreram casos de ebola nos Estados Unidos e em alguns países europeus, isso mostra claramente a necessidade de o mundo olhar para o problema e não mais encarar isso como sendo algo exclusivo daquele continente pobre.”

O especialista em infectologia alerta que o encontro de Bruxelas proporciona grande mobilização de empresas e inteligências de vários países no intuito de fazer vacinas, que podem levar de forma mais rápida à cura em massa para a epidemia. “Quando existe a mobilização de outros países e envolve outras inteligências, acelera o processo de pesquisa, tratamento, cura e prevenção de uma doença de elevado impacto em termos de saúde pública.”

Sobre a situação de o Brasil estar ou não preparado para epidemias como a do ebola, um estudo feito pela organização Save The Children com 72 países considerou o Brasil como o melhor entre os piores países que possuem sistemas de saúde vulneráveis em epidemias graves. Edimilson Migowski concorda com o resultado da pesquisa, pois todas as vezes que se necessita de leitos de hospital que demandem algum tipo de isolamento de um paciente, sempre existe um número restrito dificultando o atendimento ao paciente. “Eu acho que é pouco provável que diante de uma epidemia em qualquer país do mundo haja países preparados para enfrentar uma epidemia dessas. Por isso é importante, de imediato, trabalhar na prevenção com a fabricação de vacinas para conseguir abortar esse surto.”

Agente de saúde aplica vacina experimental contra o ebola na Libéria - Sputnik Brasil
Muitos recursos para a luta contra o ebola não chegaram à África
A Conferência Internacional sobre o Vírus Ebola conta com a participação de mais de 80 delegações africanas e europeias, e tem como objetivo discutir medidas de ajuda aos países afetados pela doença, além de propor diretrizes para o combate e a erradicação da epidemia.

Segundo último balanço feito pela Organização Mundial de Saúde, em janeiro deste ano, 23.729 pessoas foram contaminadas pelo ebola e 9.604 já morreram vítimas da doença nos três países mais afetados – Serra Leoa, Libéria e Guiné, na África.

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