Reportagens da mídia ucraniana afirmaram nesta quinta-feira (5) que peritos holandeses determinaram que o Boeing malaio teria sido abatido por um míssil superfície-ar Buk, da Federação da Rússia. Na verdade os peritos holandeses não afirmavam isto.
“Posso afirmar com toda a certeza que não são corretas [as informações]”, disse ao canal RT o porta-voz do Serviço Público Holandês de Procuradoria (OM), Wim de Bruin.
“Ainda não estamos prontos a tirar qualquer conclusão”, acrescentou.
A reportagem escrita pelo editor do NOS Robert Bas afirma que a investigação sofre da má comunicação da Polícia holandesa e dos procuradores com o Serviço Nacional de Inteligência (AIVD) que, segundo o NOS, retém qualquer informação relacionada à investigação.
O NOS menciona, na verdade, a hipótese de que o voo MH17 teria sido abatido por um míssil Buk, mas não afirma que a investigação holandesa a confirmou. Em vez disso, cita vídeos como fonte da alegação. A reportagem acrescenta que peritos holandeses falaram com as testemunhas, mas não revela o conteúdo destas conversações.
No seu site a Procuradoria holandesa nega qualquer obstrução na investigação da queda do avião por parte do Serviço Nacional de Inteligência da Holanda.
Em setembro 2014 Holanda publicou um relato prévio, mas só confirmou que o avião malaio se desintegrou durante o voo “por causa de danos estruturais provocados pela ação externa de numerosos objetos de alto potencial energético” mas não especificou a fonte destes objetos, deixando espaço para especulação sobre a arma usada para abater a aeronave. Um relato completo pode ser publicado em outubro deste ano.
O avião, que fazia a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, caiu em 17 de julho, na região de Donetsk. A bordo do avião seguiam 298 pessoas, incluindo 43 cidadãos da Malásia. Todas elas morreram.