Ele também divulgou que os suspeitos são originários do Cáucaso. O chefe do FSB sublinhou que as atividades de investigação prosseguem.
Os detidos por suspeita de assassinato do político Boris Nemtsov estão envolvidos na organização e execução do crime, divulgou o Comitê de Investigação da Federação da Rússia:
"De acordo com os investigadores, os detidos estiveram envolvidos na organização e execução do assassinato", disse um representante do Comitê.
O político russo de oposição Boris Nemtsov foi assassinado a tiros no centro de Moscou em 27 de fevereiro, durante o passeio com Anna Duritskaya. Segundo o jornal russo Kommersant, ela não é única testemunha oculare do assassinato. Supostamente perto da cena do crime por coincidência se encontraram também agentes policiais, que descreveram os assassinos mais nitidamente do que Duritskaya.
A reação ao assassinato do político de oposição Boris Nemtsov foi imediata.
Boris Nemtsov tinha 55 anos. Ele foi vice-primeiro ministro do governo russo na época do presidente Boris Yeltsin. Na ocasião, o político foi considerado um possível candidato à presidência. Em dezembro de 2007, o seu partido Soyuz Pravykh Sil (União das Forças de Direita) propôs Boris Nemtsov como o candidato para o cargo de Presidente da Rússia nas eleições de março de 2008. Em dezembro de 2007, o rating da sua candidatura à presidência foi inferior a 1%. Em 26 de dezembro, antes do início da campanha eleitoral, Nemtsov retirou a sua candidatura a favor de Mikhail Kasianov.
Desde o início da presidência de Vladimir Putin, Nemtsov se posicionou como um crítico ativo da sua administração.
Desde então, Nemtsov ocupou diversos cargos públicos e foi eleito sucessivas vezes para o parlamento. Desde 2012, ele é co-preside o Partido Republicano da Rússia — Partido da Liberdade Popular (RPR-PARNAS). Desde 2013, foi deputado da Duma da oblast de Iaroslavl, cidade satélite de Moscou.
A imprensa internacional também reagiu com velocidade à morte de Boris Nemtsov. As notícias, em sua maioria, davam ênfase às atividades oposicionistas do político e informavam sobre a marcha da oposição convocada por este para 1 de março.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou o assassinato e exigiu a investigação rápida, imparcial e transparente sobre as circunstâncias do crime.
A chancelaria do Reino Unido também condenou o assassinato e disse que irá acompanhar a investigação.