OPEP reconhece estar prejudicando produtores de xisto dos EUA

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A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de manter o teto da produção da commodity mesmo com a queda dos preços está prejudicando a produção de xisto dos Estados Unidos, disse neste domingo, 8, o secretário-geral da entidade, Abdalla Salem El-Badri.

Durante a Conferência de Petróleo e Gás do Oriente Médio, que acontece no Bahrein, ele disse que isto pode levar a uma queda da produção mundial, o que elevaria os preços no mercado novamente.

"Existem projetos sendo cancelados, investimentos revisados, custos sendo achatados". "Se não temos mais produção, haverá uma queda da oferta e os preços irão subir novamente".

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Outros oficiais disseram na conferência que irão manter sua produção mesmo com o colapso dos preços, causado em parte pela superoferta gerada pela produção de xisto nos Estados Unidos. Na sexta-feira, o petróleo Brent fechou cotado na casa dos US$ 60 por barril, patamar que é aproximadamente metade do valor da mesma época do ano passado. Governos de países da região, entretanto, dizem que podem conviver com este preço.

"Temos muita sorte que os preços não caíram abaixo dos US$ 20", disse o ministro do Petróleo do Kuwait, Ali Al-Omair.

As declarações dos líderes da OPEP são acompanhadas de perto desde novembro, quando o cartel decidiu não abaixar o teto de produção para tentar segurar a queda dos preços. A próxima reunião do grupo acontece em junho.

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Na semana passada, o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Al-Naimi, negou que os países membros da OPEP estavam em guerra contra os produtores norte-americanos de xisto. El-Badri retomou o assunto, mas notou que a produção de xisto é mais cara do que a saudita.

"Quando a OPEP decidiu não reduzir seu teto, tudo entrou em colapso" para os produtores de xisto, disse. Perguntado se os Estados Unidos, como uma potência emergente no mercado produtor, poderia fazer parte do grupo, ele disse: "os EUA são bem vindos a se juntar a nós, se quiserem."

Os Estados Unidos proíbem a exportação da maior parte de sua produção de petróleo, e nunca expressaram a intenção de se juntar ao cartel.

fonte: Estadão Conteúdo

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