Em artigo publicado no Newsweek, o ex-ministro diz que para alcançar uma regulação do conflito a longo prazo não basta estabelecer um cessar-fogo, mas é preciso buscar uma reconciliação no interior da própria sociedade.
Ele acredita que a criação de uma Comissão da Verdade e Reconciliação poderia ser muito útil para esse processo. Klimenko destaca, no entanto, que qualquer iniciativa diplomática deve ser baseada em uma série de reformas.
Em primeiro lugar, escreve Klimenko, a Ucrânia precisa passar pelo processo de descentralização que foi prometido verbalmente por muitos líderes do país, incluindo o atual Presidente Pyotr Poroshenko.
“O grau da participação da população na vida política do país é sempre proporcionalmente inversa ao risco do conflito”, diz o político.
Em terceiro e último lugar, Klimenko escreve que a Ucrânia precisa manter a sua neutralidade.
“A entrada da Ucrânia da OTAN é inadequada para a situação atual e, provavelmente, irá apenas agravar o conflito. No lugar disso, os líderes ucranianos devem buscar a normalização das relação com a Rússia no âmbito da associação assinada com a União Europeia” — destacou o ex-ministro.
Nas suas palavras, ao invés de ser o ponto de discórdia, a Ucrânia deveria assumir o papel de ponte entre o Ocidente e o Oriente.