Se a lei for aprovada, será prova de que a China reconhece o crescimento da ameaça terrorista contra o país e deseja contribuir para a luta global contra o terrorismo, indica o vice-diretor do Instituto dos países da África e Ásia da Universidade Estatal de Moscou Andrei Karneev.
A parte talvez mais importante desta futura lei é o 76º artigo, segundo o qual “O Exército de Libertação Popular e a Polícia Popular Armada podem enviar pessoal ao estrangeiro para a resolução de tarefas antiterroristas”. Isto quer dizer que a China poderá atacar terroristas no estrangeiro.
Esta possibilidade gera preocupação no Ocidente. Porém, de fato a nova lei legitima uma prática já existente. Por exemplo, a China participa de exercícios antiterroristas da Organização para a Cooperação de Xangai. Além disso, militares chineses, junto com seus colegas de Tailândia, Mianmar e Laos, lutam contra grupos paramilitares no delta do rio Mekong. A lei pode resultar no aumento da participação da China na luta internacional contra o terrorismo.