As revisões significam controlar despesas para obter receitas aos cofres do Estado. Desde que o programa de resgate, no valor de 240 bilhões de euros, foi prorrogado por mais quatro meses em fevereiro, Atenas progrediu pouco na implementação de suas medidas políticas para poder receber a próxima parcela de ajuda.
Sem dinheiro e com as receitas fiscais em queda, os ministros da zona do euro têm afirmado que o governo da Grécia corre o risco de ficar sem o dinheiro em algumas semanas.
Alguns ministros têm sugerido que Atenas pode ter acesso a parte do programa de resgate, se adotar algumas das medidas do pacote de reformas. Isto está sendo discutido com a zona do euro e com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Estamos prontos para ser flexíveis", disse o ministro das Finanças de Luxemburgo, Pierre Gramegna. "Isso significa que dentro do programa você pode mudar as medidas e as necessidades financeiras para a direção que quiser", continuou.
A reunião do Eurogrupo desta segunda-feira, na qual a Grécia irá apresentar seu primeiro conjunto de reformas, seguirá em uma semana tensa e ocorre em um momento crítico para Atenas, que tem que juntar dinheiro suficiente em seus cofres para financiar grandes empréstimos e pagar dívidas de curto prazo nas próximas semanas.
No dia 6 de março, a Grécia apresentou um projeto com propostas para a reforma, mas os credores querem mais detalhes antes de liberar os fundos.
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, se reunirá com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em Bruxelas, nesta sexta-feira.
Tsipras tem projetado suas esperanças em Juncker para atuar como um mediador. No entanto, algumas capitais da zona do euro têm sido céticas sobre o papel de Juncker como mediador, alegando que o executivo tende a ser muito flexível.
fonte: Estadão Conteudo