“O objetivo era criar a possibilidade de os habitantes expressarem a opinião sobre como gostariam de continuar a viver […] Eu pensei: se as pessoas querem que seja assim, que seja assim. Se eles quiserem, terão autonomia, com alguns direitos ampliados, dentro da Ucrânia. Seja como o povo quiser. Mas se quiserem algo diferente, não os podemos abandonar. Sabemos o resultado do referendo e fizemos o que devíamos fazer”, disse Putin na entrevista incluída no filme do canal de TV russo Rossiya 1 “Crimeia. Retorno à Pátria”.
“Nós acabamos às 7 de manhã e ao nos despedirmos, não vou negar, disse a todos os meus colegas, a quatro deles: "A situação na Ucrânia se inverte de tal forma que temos que começar a trabalhar no sentido de fazer voltar a Crimeia para a Rússia porque nós não podemos deixar a área e as pessoas que lá vivem, para se defenderem sozinhos dos nacionalistas." Eu coloquei as tarefas certas, disse o que devemos fazer, mas disse imediatamente que vamos fazer algo somente se estivermos absolutamente convencidos de que isso é exatamente o que o povo da Crimeia quer.”
O presidente Putin divulgou que a opinião do povo foi estudada em uma pesquisa:
“Descobriu-se que aqueles que desejavam juntar-se a Rússia lá [na Crimeia – nota da redação] eram 75% de toda a população. A pesquisa foi conduzida de forma fechada, fora do contexto de uma possível adesão. Para mim, tornou-se óbvio que, se chegássemos a isso, o número de pessoas que gostariam de ver este acontecimento histórico ocorrido seria muito mais elevado".