Ministro da Defesa da Rússia inspeciona tropas na Crimeia

© Sputnik / Vasiliy Batanov / Acessar o banco de imagensSalva de tiros do navio Yamal durante celebrações do Dia da Marinha Russa em Sebastopol
Salva de tiros do navio Yamal durante celebrações do Dia da Marinha Russa em Sebastopol - Sputnik Brasil
Nos siga no
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, inspecionou nesta terça-feira (10) o andamento dos trabalhos para a instalação de infraestrutura para unidades e formações militares na Crimeia e em Sevastopol, segundo informou o serviço de imprensa da pasta.

Em comunicado, o ministério disse que Shoigu visitou as guarnições militares da região e ouviu um relatório do comandante da Frota russa do Mar Negro, almirante Aleksandr Vitko, sobre o estado de prontidão para combate da frota, o progresso da formação de grupos de tropas multitarefas na península, o fornecimento de novas armas e equipamento militar para as unidades militares, bem como sobre o progresso da criação da infraestrutura necessária para o estacionamento de novos navios e submarinos.

Su-30 da aviação russa - Sputnik Brasil
Aviões russos vigiam navios da OTAN no mar Negro

Além disso, Shoigu verificou o progresso da construção de instalações para a formação de novas unidades e forças, a saber, o Corpo de Cadetes Presidencial, com sede em Sevastopol, e a Escola Naval Superior Nakhimov do Mar Negro. Sob instruções do ministro, um grupo de generais e oficiais verificou as atividades diárias de uma brigada separada de defesa costeira e uma de logística, ambas formadas em dezembro passado para a Frota do Mar Negro.

O Ministério da Defesa disse que este ano a referida frota vai receber duas fragatas do Projeto 1135.6 – o Almirante Grigorovich e o Almirante Essen, além de dois navios de mísseis de pequeno porte – o Zeleny Dol e o Serpukhov. Além disso, a frota será fortalecida com dois submarinos diesel-elétricos – o Novorossiysk e o Rostov-no-Don, que já foram entregues à Marinha.

No final do ano passado, Shoigu anunciou que um grupo de forças autossuficientes havia sido estabelecido na Crimeia. Mais tarde, o enviado presidencial russo no distrito, Oleg Belaventsev, disse que a península seria transformada em "uma fortaleza inexpugnável".

A reincorporação da Crimeia à Rússia

Com a maioria da população formada por russos, a República da Crimeia e Sevastopol, cidade com estatuto especial dentro da península, recusaram-se a reconhecer a legitimidade das autoridades que subiram ao poder em Kiev em fevereiro de 2014, em meio aos tumultos que levaram a um golpe de Estado no país.

Assim, as duas regiões adotaram declarações de independência em 11 de março do ano passado e realizaram um referendo cinco dias depois, quando 96,77% dos habitantes da Crimeia e 95,6% dos eleitores de Sevastopol decidiram se separar da Ucrânia para voltar a integrar a Federação Russa. O presidente russo, Vladimir Putin, assinou os acordos de reunificação em 18 de março.

Grafiti patriótico relacionado à reintegração da Crimeia à Rússia - Sputnik Brasil
Putin explica decisão de reintegrar a Crimeia

Durante a União Soviética, a Crimeia fazia parte da Rússia até 1954, quando o então primeiro-secretário do Partido Comunista Nikita Khrushchev transferiu a península para a jurisdição da Ucrânia, como um presente.

Apesar das repetidas declarações de Moscou a respeito da conformidade dos referendos com o direito internacional e com a Carta das Nações Unidas, bem como com o precedente aberto pela secessão de Kosovo da Sérvia em 2008, Kiev e seus aliados ocidentais se recusam a reconhecer a legalidade da reunificação da Crimeia com a Rússia.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала