Hatoyama frisou que as autoridades japonesas obedecem aos Estados Unidos na escolha da sua política externa. Segundo a opinião do ex-premiê, a decisão de aderir-se às sanções antirrussas foi errada.
“Acredito que chegou o tempo para o Japão de acordar e enfrentar a realidade. Assim seja que outros países continuem sua política de sanções contra a Rússia, mas o Japão deve renunciar esta política independentemente”, disse Hatoyama.
Hatoyama disse que o Japão, sendo uma democracia, devia saudar o referendo na Crimeia em março de 2014, quando 96% dos participantes do sufrágio votaram em favor da reunificação com a Rússia. Lamentou que, devido à cobertura unilateral da mídia, a maioria da população do Japão não conhece a situação real na Crimeia e o volume de trabalho feito na região no último ano.
Hatoyama confessou que durante a visita à Crimeia ele foi testemunha da unanimidade da população local em relação à reunificação com a Rússia.
“Acredito que isto significa que a decisão tomada foi correta”, manifestou o político.
Desde março de 2014, o Ocidente já impôs várias rodadas de sanções contra Moscou, visando não só indivíduos de alto escalão, mas também os setores bancários, de energia e de defesa da Rússia.
O Kremlin tem repetidamente negado qualquer envolvimento na crise interna da Ucrânia e qualifica as sanções como contraproducentes. Em resposta às sanções ocidentais, Moscou impôs uma proibição de um ano sobre a importação de certos alimentos dos países que aderiram às restrições.