"É claro! Eu nunca faria isso se não estivesse confiante que devíamos agir assim", disse Putin em entrevista no filme "Retorno à Pátria", exibido no canal Rossiya 1.
O presidente disse ainda que o principal objetivo da Rússia na Crimeia era evitar o derramamento de sangue porque a situação poderia ter sido pior do que em Kiev durante os confrontos na Maidan (praça de Independência).
Ele afirmou que era necessário proteger os habitantes da Crimeia e não havia outra escolha: a Rússia tinha informações de que as autoridades ucranianas radicais estavam prontas para levar a cabo uma grande ação terrorista na península. A Rússia poderia até acionar as suas forças nucleares mas os dirigentes do país estavam convencidos de que isso não seria necessário. Putin acrescentou que, após o referendo, o Ocidente tentou por todos os meios possíveis impedir a reunificação da Crimeia com a Rússia.
Falando sobre o golpe ucraniano, o chefe de Estado disse que a Rússia sabia desde o início que os EUA estavam por trás dos acontecimentos na Ucrânia, embora formalmente fosse a Europa quem apoiava a oposição ucraniana.