Observador do Vaticano na ONU analisa quadro sombrio das crianças na Síria

© AP Photo / Emrah GurelCrianças sírias refugiadas na Turquia.
Crianças sírias refugiadas na Turquia. - Sputnik Brasil
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O Observador do Vaticano junto à ONU, Dom Silvano Tomasi, discursou nesta terça-feira (17), no Palácio das Nações, em Genebra, durante a 28ª Seção do Conselho dos Direitos Humanos, logo após a apresentação do relatório da Comissão Internacional Independente de Investigação na República Árabe da Síria.

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O representante permanente da Santa Sé destacou em especial a situação infantil. Dom Silvano Tomasi lembrou informações de diferentes fontes de que as crianças estão sendo recrutadas, treinadas e usadas em combate, até mesmo como escudos humanos, noticiou a Rádio Vaticano.

O religioso ainda denunciou a ação extremista afirmando que “o auto proclamado Estado Islâmico piorou ainda mais esta situação, usando crianças como kamikazes, matando crianças de outras religiões e etnias, as vendendo como escravas, executando um grande número de meninos e outras atrocidades”.

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Conflito na Síria faz mais de 210 mil mortes em quatro anos
Desde o início da guerra civil na Síria, há quatro anos, aproximadamente 10 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar o país árabe. Cerca de três milhões, em sua maioria crianças e mulheres, estão refugiadas nas nações vizinhas. A ONU estima que 30 mil crianças sírias fazem parte do grupo de 10 milhões em todo o mundo das que não têm cidadania, sendo consideradas apólides.

Dom Tomasi afirmou que há 3.500 crianças-fantasmas sírias. “Elas não têm identidade e família”, disse o representante do Vaticano. O religioso foi além, dizendo que todas as crianças precisam de educação e que o relatório apresentado nesta terça-feira mostra que cinco mil escolas foram destruídas na Síria.

Segundo a Rádio Vaticano, o Observador da Santa Sé lembrou que o Estado Islâmico ainda fechou um grande número de escolas na região controlada pelo grupo extremista e criticou a comunidade internacional dizendo que “parece ter menosprezado a extensão da crise síria”.

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