O conflito começou em 15 de março de 2011 com uma contestação pacífica que, diante da repressão pelo regime do presidente Bashar Al Assad, se transformou em uma guerra civil.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com ampla rede de ativistas e médicos em todo o país, 210.060 pessoas foram mortas entre março de 2011 e fevereiro de 2015. Mais de 30% das vítimas (65.146) eram civis, das quais 10.664 crianças.
Entre os combatentes do regime, 38.325 eram rebeldes sírios, enquanto 24.989, jihadistas estrangeiros.
O OSDH destacou que o balanço é provavelmente "muito maior".
Segundo a organização, 20 mil pessoas desapareceram das prisões da Síria desde o início do conflito, enquanto milhares, entre combatentes e civis, foram feitas reféns por grupos como o Estado Islâmico.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 11,4 milhões de pessoas fugiram de suas casas, sendo que quase 4 milhões deixaram o país e cerca de 1,2 milhão procuraram refúgio no Líbano, número que equivale a mais de um terço da população desse país.
O número também deve ser maior, já que há muitos sírios que não estão registrados, acrescenta a OSDH, relatando que aproximadamente 625 mil fugiram para a Jordânia, 245 mil para o Iraque e 137 mil para o Egito. De acordo com a organização, a Turquia informou ter aceitado 2 milhões de refugiados.
Especialistas dizem que o conflito fez com que a economia da Síria recuasse três décadas, com metade da população enfrentando o desemprego e com a maioria da infraestrutura destruída.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu mais de 40% e que a fatura da guerra chega a cerca de US$ 31 bilhões.