O parlamento ucraniano também havia aprovado a lista de regiões, às quais a nova lei se aplicaria. Além disso, Rada votou pelo reconhecimento de alguns territórios das regiões de Donetsk e Lugansk como “ocupados”.
As autoridades das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) consideraram a assinatura dessa lei como uma violação dos acordos de Minsk, informou o representante da RPD no grupo de contato (que inclui as partes do conflito ucraniano mais a OSCE e a Rússia), Denis Pushilin. Segundo ele, está acontecendo uma provocação diplomática por parte de Kiev.
Rússia também recebeu de modo negativo a assinatura da lei sobre o status especial de Donbass, na redação aprovada pelo parlamento ucraniano. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que “essas medidas são uma clara violação da parte política dos pacotes de Minsk, já que condicionam a entrada da lei sobre o status especial em vigor à necessidade de liberação dos territórios que os deputados ucranianos chamaram de ocupados. À necessidade de troca de praticamente todas as autoridades eleitas pela população da região”.
O ministro russo destacou que as autoridades ucranianas sequer tentaram estabelecer um diálogo com os representantes da RPD e RPL sobre a realização das eleições. Sergei Lavrov convidou Alemanha e França a repudiar as ações de Kiev.