O comunicado divulgado nesta quinta-feira (19) diz que cinco dos detidos estiveram diretamente ligados à operação, que envolveu dois atiradores que atacaram o museu. Outros quatro têm conexão com os homens que realizaram o ataque, mas suas bases ficavam nas proximidades da capital. O documento descreve os participantes do ato como uma "célula", mas não diz se eles fazem parte de um grupo maior.
O ataque ao Museu Nacional Bardo foi o pior em um local turístico da Tunísia nos últimos anos e deve afetar a indústria do turismo no país. A companhia Costa Crociere anunciou o cancelamento das paradas de seus navios de cruzeiro em portos do país. Arame farpado cercava o museu nesta quinta-feira e forças de segurança eram vistas nas principais vias da capital, Túnis. Na quarta-feira, os dois atiradores saíram de um veículo com rifles de assalto e começaram a disparar contra turistas que saíam de ônibus. Os atiradores entraram no museu e fizeram reféns antes de serem mortos durante um tiroteio com forças de segurança. Um homem e uma mulher espanhóis se esconderam no museu durante toda a noite e foram retirados em segurança nesta manhã, informou o ministro da Saúde à Associated Press. O ministro de Relações Exteriores da Espanha disse que a polícia procurou Juan Carlos Sanchez e Cristina Rubio durante a noite inteira.
Nenhum grupo havia assumido a autoria do ataque. A violência extremista no país é dispersa, mas um número desproporcionalmente grande de tunisianos tem se juntado ao grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
O ataque representa um grande problema para a indústria do turismo local, que atrai uma grande quantidade de estrangeiros a cada ano para as praias mediterrâneas do país, seus oásis no deserto e antigas ruínas romanas. O setor havia começado a se recuperar após anos de crise.
Estadão Conteúdo