Os autores tomaram a responsabilidade de não só apelar aos líderes mundiais para rejeitarem o convite do presidente russo, Vladimir Putin, mas também sugeriram mover a Kiev as celebrações de comemoração do 70º aniversário da vitória contra a Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial.
Steven Pifer, John Herbst e William Taylor, antigos embaixadores dos EUA na Ucrânia, explicaram sua sugestão:
“Kiev oferece uma alternativa lógica a Moscou para a celebração do Dia V-E [Vitória na Europa]. Os diplomatas ocidentais e o governo ucraniano podem estruturar uma cerimônia sem uma parada de material bélico (os ucranianos parecem não ter propensão para tanques e mísseis)”.
Porém, os antigos oficiais podiam conhecer melhor o país onde tinham trabalhado. Em 24 de agosto de 2014, as novas autoridades ucranianas fizeram uma parada militar em Kiev.
A parada efetuada pelo governo que supostamente “não tem propensão para tanques e mísseis” transpirava de grandiosidade e parecia com as paradas da época soviética. Parece irônico porque a ruptura de todos os laços com a época da URSS é essencial para a ideologia ucraniana contemporânea. Além disso, a parada teve lugar apesar do conflito sangrento no leste do país.
Porém, a proposta dos antigos diplomatas já provocou críticas. Por exemplo, Larry T. Caldwell, professor de ciência política no Occidental College, escreveu uma carta à edição:
“Seria uma decisão terrível por Obama. As relações norte-americanas com a Rússia estão no fundo histórico perigoso. Nada podia antagonizar mais o povo russo, inclusive os cidadãos que questionam a política de Putin na Ucrânia, que recusar as celebrações em Moscou para ir às de Kiev”.