Uma ordem judicial adiou nesta quinta-feira a audiência do recurso contra a rejeição do pedido por clemência presidencial da Austrália para impedir a morte de dois cidadãos do país. Eles já estão na Ilha de Nusakabangan, onde devem ser executados. No grupo estão ainda o brasileiro Rodrigo Gularte e cidadãos da França, Filipinas, Gana, Nigéria e Indonésia, informou Estadão Conteudo.
O país asiático tem duras penas por tráfico de drogas e retomou as execuções em 2013 depois de um hiato de cinco anos. Cinco estrangeiros estão entre as seis pessoas executadas no mês passado, as primeiras desde que o Presidente Joko Widodo assumiu o cargo em outubro. Com isso, surgiram tensões entre a Indonésia e países como Austrália e Brasil, cujos cidadãos estão no grupo de 10 infratores da legislação antidrogas que serão alvo do pelotão de fuzilamento.
A Austrália tem feito repetidos apelos por misericórdia em nome de Myuran Sukumaran, 33, e Andrew Chan, 31, mas o presidente se recusa a ceder, rejeitando ofertas de troca de prisioneiros e de pagamento dos custos da prisão perpétua para os australianos condenados.
Em janeiro, o também brasileiro Marco Archer foi fuzilado e provocou tensão diplomática entre o Brasil e a Indonésia.