Já a Rússia, diz Mielniczuk, pode responder com outra jogada, estreitando a parceria militar com a Venezuela, país declarado como uma "ameaça regional" pelos EUA.
Outra "ameaça regional", do ponto de vista oficial norte-americano, é a Bolívia, Estado que também adere ao "círculo bolivariano".
E Cuba, sim, pode beneficiar do levantamento do embargo que fez parte das ações "desmesuradas" dos EUA nas últimas décadas, segundo o professor Mielniczuk. O Estado está se tornando mais aberto, procura novos parceiros internacionais, e a qualidade da vida dos cubanos pode melhorar consideravelmente, acha o especialista.
Mas, reitera o cientista, as ações dos Estados Unidos não visam só favorecer Cuba. O país, tradicional aliado da União Soviética e da Rússia, pode ser almejado pelos EUA como um importante ponto de influência regional.
Contudo, a aproximação da Rússia com a Venezuela pode significar maior tensão para os EUA com a maior parte do continente sul-americano e latino-americano, já que "aqui há atores que são capazes de incitar à atitude antiamericana em toda a região e muito perto da fronteira estadunidense", acredita o especialista.