Ashraf Ghani enfrenta uma tarefa difícil: a visita pode definir o tom para os próximos anos. Mais precisamente, Ghani precisa acertar um compromisso firme de apoio militar norte-americano em sua luta contra o Talibã e outros grupos insurgentes, incluindo uma filial do Estado Islâmico, que ele e os líderes militares dos EUA temem que esteja encontrando uma posição segura em território afegão.
O relacionamento de Ghani com Washington contrasta com o de seu predecessor, Hamid Karzai, cujo antagonismo para com os EUA culminou em uma recusa em assinar acordos de segurança com Washington e com a OTAN antes de deixar o cargo. Ghani assinou os acordos dias após se tornar presidente, em setembro, e desde então tem mantido uma relação estreita com diplomatas e chefes militares norte-americanos.
Ghani, que estava pessoalmente envolvido no planejamento da operação Helmand, lançada em fevereiro, pedirá aos EUA um apoio na ofensiva, incluindo suporte aéreo, segundo disseram oficiais próximos ao presidente afegão, falando na condição de anonimato.
Ainda existem 13 mil soldados estrangeiros no Afeganistão, cerca de 9,8 mil norte-americanos, 3 mil da OTAN — menos que o pico de 140 mil que estavam no país entre 2009-2010. Aqueles que ainda estão no país realizam treinamento e apoio às forças de segurança afegãs, e reforçam batalhas apenas quando necessário.
Fonte: Estadão Conteúdo