Sputnik destaca qualidades e lembra trajetória do ministro Sergei Lavrov

© flickr.com / U.S. Department of StateSergei Lavrov posa ao lado de Jen Psaki (com a ushanka cor-de-rosa), Maria Zakharova (porta-voz da diplomacia russa) e John Kerry (Secretário de Estado norte-americano)
Sergei Lavrov posa ao lado de Jen Psaki (com a ushanka cor-de-rosa),  Maria Zakharova (porta-voz da diplomacia russa) e John Kerry (Secretário de Estado norte-americano) - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, comemorou ontem 65 anos de idade. Para homenageá-lo, a agência Sputnik preparou uma matéria especial sobre sua trajetória destacando alguns dos motivos que fazem do chanceler uma das autoridades mais queridas do povo russo.

Lavrov se tornou um representante permanente da Rússia na ONU em 1994, quando o país passava por uma grave crise econômica e política e sua influência internacional era pouco significativa. Entretanto, durante esse período difícil, o ministro russo, ao contrário dos outros delegados, se destacou por sua relativa independência em relação às diretrizes do seu governo, conseguindo importantes vitórias para Moscou na esfera internacional.

Ao longo dos quatro anos que o chanceler passou no Sri Lanka e dos 17 que passou nos Estados Unidos, ele conheceu muitos líderes mundiais e pessoas de diversas nações e culturas. Em 2006, quando o mundo discutia os escândalos ligados à publicação de charges do profeta Maomé, Lavrov escreveu um artigo, junto com o ministro das Relações Exteriores da Espanha, pedindo uma aliança civilizada contra a narrativa do choque de civilizações. Logo em seguida, ao publicar um artigo denominado "A Rússia na Política Global", defendendo que Moscou não iria escolher um lado nesses choques de civilizações, contra o mundo islâmico, ele definiu as bases da política externa russa moderna. 

Dizem que amigos que querem preservar a amizade não discutem política ou religião. Mas, no caso de Lavrov, há sempre uma maneira de impedir que as diferenças políticas atrapalhem suas amizades. A última demonstração disso foi em janeiro de 2014, quando, em meio aos problemas decorrentes dos protestos que levariam à derrubada do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, o chanceler russo decidiu presentear uma rival política, a porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Jen Psaki, com uma bela ushanka cor-de-rosa, bordada com uma insígnia soviética.

Por essas e outras razões, como o sucesso em negociações sobre a Síria, Irã, Geórgia, Coreia do Norte, Turquia, Armênia e Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia é sempre lembrado como uma das autoridades mais populares em seu país. Por sua reconhecida habilidade para desempenhar as funções exigidas, sabendo a hora certa de ser simpático, mas sem perder a capacidade de endurecer o discurso quando preciso. 

 

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