Carlos Arthur Nuzman – Muito bem. Nosso cronograma está sendo cumprido, superamos pequenos atrasos, como os do velódromo e do Complexo de Deodoro, que está até um pouco avançado.
AE – A meta de despoluição da Baía de Guanabara não vai ser alcançada?
Nuzman — Todos os Jogos Olímpicos registraram problemas de poluição nas áreas de competição da vela. Vou destacar Sydney (2000) e Pequim (2008). O estado do Rio já despoluiu muito, tanto que ninguém reclamou no evento-teste de agosto do ano passado.
AE – O que o senhor diria para atletas de vela que vêm de fora do país competir na Baía?
Nuzman – Que venham com a maior tranquilidade possível. Toda vez que se entra em local de competição de vela, você tem um tipo de problema que vai ter de superar. As águas nos locais de competição são iguais para todos. Os melhores vão ganhar.
Nuzman – Os dois campos são privados, particulares, não podem ser oferecidos à população. É caríssimo ser sócios deles.
AE – Relatório recente do TCU questiona a data prevista para a extinção do Rio-2016, que seria em 2023. Por que estender tanto o Rio-2016?
Nuzman – A experiência nos mostra que se deve deixar uma margem de segurança. O ideal é encerrar rapidamente, tão logo tenhamos o relatório final e a prestação de contas. Com isso pronto, vamos entregar antes.
AE – Quando poderia ser esse "antes"?
Nuzman – Não tem uma razão assim tão determinante.
AE – O TCU questiona os gastos com a sede do Rio-2016, que vão chegar a R$ 80 milhões. O Tribunal fala em desperdício. Como avalia isso?
Nuzman – Nós até hoje não utilizamos recursos públicos no Rio-2016.
Estadão Conteúdo