O anúncio foi feito nesta terça-feira (24), no 39° aniversario do último golpe militar argentino, que virou feriado em memória dos 30 mil desaparecidos no período de governo ditatorial.
O secretário de Defesa britânico, Michael Fallon, disse que o dinheiro servirá para enviar dois helicópteros de transporte (a serem usados em casos de emergência); para substituir os mísseis antiaéreos, que tem vida útil até o final da década, por outros mais modernos; e para melhorar o sistema de comunicações da base militar nas Malvinas, que ainda mantem 1,2 mil soldados (o equivalente à metade da população das ilhas).
Segundo Fallon, os investimentos são prova do empenho da Grã-Bretanha em “continuar defendendo o direito dos moradores da ilha a determinar seu futuro e estilo de vida, contra qualquer ameaça que possa surgir”.
As declarações sobre possíveis ameaças foram feitas depois que a imprensa britânica disse que a Rússia ofereceu aviões de bombardeio à Argentina. Fallon disse que esse acordo “não foi confirmado”, mas insistiu que a “ameaça” argentina persiste.
O ministro da Defesa da Argentina, Agustín Rossi, disse que “é uma loucura” pensar que os argentinos iriam atacar as Malvinas com a ajuda dos russos. A guerra de 1982, lembrou o ministro, foi declarada pela ditadura militar, cujos crimes contra os Direitos Humanos continuam sendo investigados e punidos no país.
Rossi lembrou que a Argentina tem exigido da Grã-Bretanha o cumprimento de várias resoluções das Nações Unidas, pedindo aos dois países que encontrem uma solução negociada para a disputa pela soberania. A Argentina diz que as Malvinas estão entre as últimas colônias do mundo – mas os britânicos dizem que não há nada para discutir, uma vez que os moradores da ilha votaram num plebiscito para manter o atual status quo.