Joseph Blatter critica pedidos de boicote às Copas da Rússia e do Qatar

© REUTERS / Leonhard FoegerJoseph Blatter.
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O presidente da FIFA, Joseph Blatter, criticou nesta terça-feira (24) sem citar nomes, os pedidos de políticos para que as Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Qatar, sejam boicotadas.

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"O futebol deve estar unido, o esporte deve estar unido quando se trata de boicotes", disse Blatter, durante o Congresso da Uefa em Viena. "Os boicotes nunca deram resultados".  O presidente da Ucrânia, Pyotr Proshenko, pediu na semana passada a países aliados para que boicotem a Copa na Rússia. Outros políticos também têm questionado a realização do Mundial no Qatar, em meio às acusações de corrupção e más condições de trabalho nas obras para o torneio. 

Nesta terça-feira, Blatter elogiou o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e o presidente da Federação Alemã de Futebol, Wolfgang Niersbach, por rejeitarem os pedidos de boicote. "A autonomia do esporte deve estar garantida", disse o presidente da FIFA, acrescentando que o futebol não deve desviar o olhar de tensões políticas, mas deve tentar ajudar na busca de soluções. "Nós deveríamos fazer algo pela paz. Talvez possamos ajudar em certas situações de conflito". 

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Blatter chamou o futebol de "um símbolo de unidade". "Ele conquistou o mundo e é um tesouro da diversidade", disse. "O futebol não só traz emoções positivas, mas também a força para ajudar na resolução de conflitos e na construção de pontes entre os lados". 

Criticado em seu último encontro com membros da UEFA, em junho, em São Paulo, no Congresso da FIFA, realizado antes do início da Copa do Mundo de 2014, dessa vez Blatter foi recebido com aplausos pelos delegados das 54 federações que compõem a entidade europeia. 

O dirigente, porém, evitou falar da eleição presidencial da FIFA, em maio, quando vai buscar a reeleição para exercer um quinto mandato. Blatter também recusou o convite da UEFA para fazer um discurso de campanha ao lado de seus rivais: o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, o ex-jogador português Luis Figo e o presidente da Federação Holandesa de Futebol, Michael van Praag.

 

Estadão Conteúdo

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