A necessidade de outros escritórios vai depender da evolução das operações do banco, afirmou Yaobin. O presidente da Indonésia, Joko Widodo, havia comentado que gostaria que a sede do banco fosse em seu país.
O novo banco terá foco no desenvolvimento de infraestrutura em países asiáticos. A China vem tentando aumentar esses investimentos nos mercados emergentes, especialmente na Ásia, para ajudar a expandir o comércio.
Yaobin não quis comentar se Pequim deu poder de veto sobre as decisões do banco em troca de apoio de potenciais membros europeus e disse apenas que a China nunca buscou poder de veto no banco. Segundo o vice-ministro, a estrutura acionista da instituição ainda está em negociação, mas haverá diferentes arranjos para membros asiáticos e não asiáticos.
A China tem afirmado que o banco terá 35 membros até o fim deste mês e Shi Yaobin disse que o número final de países fundadores da instituição não será anunciado antes de abril. O vice-ministro saudou a decisão da Austrália e da Coreia do Sul de se juntarem à instituição e contou que EUA e Japão estão negociando uma possível participação.
Inicialmente os EUA haviam se oposto ao plano por causa de desconfiança sobre a necessidade de mais uma instituição de desenvolvimento, mas recentemente vem mudando de postura diante do número de países aliados que apoiaram a ideia, como Reino Unido, Alemanha, França e Itália.
Yaobin afirmou que o banco será criado até o fim deste ano. De acordo com informações do Wall Street Journal, o banco está perto de atingir a meta de US$ 100 bilhões em capital registrado.
Estadão Conteúdo