“Predomina no formato da Normandia exatamente esta opinião sobre a regularização da crise ucraniana no futuro”, frisou.
Ao mesmo tempo a ausência da vontade de negociar com Donetsk e Lugansk por parte das autoridades da Ucrânia não somente prejudica o processo de paz, mas também cria novas vítimas no conflito. Por exemplo, o Comitê de Investigação da Rússia abriu novo processo penal sobre os assassinatos e casos de uso de meios e métodos de guerra proibidos após morte de crianças na sequência dos recentes bombardeios no sudeste da Ucrânia, disse o representante do Comitê Vladimir Markin.
“Segundo a versão da investigação, em 19 e 22 de março, pessoas desconhecidas do Exército e da Guarda Nacional da Ucrânia… organizaram o uso… de diversos tipos de armamentos ofensivos pesados de ação não seletiva durante bombardeios aos territórios da autoproclamada República Popular de Donetsk”, disse Markin.
Kiev está realizando, desde meados de abril, uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas, chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de seis mil civis já foram vítimas deste conflito.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha, inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia. Segundo o acordo, o armistício deve ser seguido pela retirada das armas pesadas da zona de conflito.