“De Kiev chegam muitos sinais que geram preocupação: que nem todas as reformas começaram, que a luta contra corrupção avança muito lento, que oligarcas têm o mesmo poder que nos tempos de Yanukovich [antigo presidente ucraniano derrubado pelo movimento Maidan]. Isto com certeza gera preocupação”, frisa Landsbergis.
“Não posso dizer quando o cansaço ficar irresistível, mas espero que a Ucrânia ainda tenha tempo suficiente para estabilizar a situação. Para mim um dos prazos críticos é o junho. Inclusive por causa da questão de sanções antirrussas que deverão ser prolongadas”, disse Landsbergis.
Esta entrevista mais uma vez mostra a divisão na União Europeia. Por um lado estão os novos membros da UE na Europa Oriental, nomeadamente, países bálticos e Polônia, também às vezes designados por alguns cientistas políticos russos de “cinto russófobo” que apoiam de maneira absoluta as sanções antirrussas e ajuda às novas autoridades da Ucrânia. Por outro lado estão os velhos membros da União Europeia, por exemplo, a França e a Itália que por sua parte têm a visão mais pragmática sobre as relações com a Rússia porque estão começando a sentir os prejuízos da guerra das sanções. E como sublinhou o eurodeputado, saberemos provavelmente qual posição é mais forte em junho quando a União Europeia tomará a decisão sobre o futuro das medidas restritivas impostas contra a Rússia.