Neste mês, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aceitou um convite polêmico para falar ao Congresso americano e alertar contra "um oriente médio nuclear e suas horríveis consequências… para toda humanidade."
O discurso recebeu, possivelmente, os mais longos aplausos ouvidos no Capitólio desde que o Partido Republicano tomou controle das duas casas do Congresso. O presidente Barack Obama mostrou menos entusiasmo e afirmou que o pronunciamento de Netanyahu não tinha "nada de novo."
Coincidentemente ou não, o discurso de Netanyahu coincidiu com a decisão do Pentágono de retirar o status de confidencial de um documento que prova que a o oriente médio já tem armas nucleares: as de Israel.
O relatório de 386 páginas, chamado "Avaliação Tecnológica Crítica em Israel e nações da OTAN" é datado de 1987 e detalha um programa nuclear que Israel nunca admitiu ter.
O relatório chama o potencial nuclear de Israel "um paralelo quase exato com a capacidade existente em nossos Laboratórios Nacionais" e "equivalente às instalações dos Estados Unidos em Los Alamos, Lawrence Livermore, e Oak Ridge."
O momento da publicação do relatório é curioso. Originalmente solicitado três anos atrás por um jornalista que se baseava no Ato de Liberdade de Informação, o Pentágono demorou a responder.