A operação Tempestade Decisiva que foi lançada por Arábia Saudita contra houthis (grupo rebelde xiita) marca uma nova etapa em uma série de conflitos no Oriente Médio.
A Arábia Saudita anunciou a intenção de defender a sua posição como o centro regional de poder, não apenas por meio da diplomacia e do investimento financeiro, mas também pela força. Agora é o Irã que deve responder, porque de fato a declaração dos sauditas e dos seus aliados é dirigida principalmente ao Irã, e o Iêmen é apenas uma ocasião para esclarecer as relações.
Em frente, está apenas o caos. As tribos do Iêmen são muito fragmentadas, e os houthis foram uma das forças capazes de garantir segurança nos territórios sob seu controle.
Tem razão lembrar que foram eles que estavam combatendo os grupos terroristas da Al-Qaeda e Estado Islâmico na região. O enfraquecimento dos houthis inevitavelmente levaria ao aumento do terrorismo caso, o vácuo de poder não seja preenchido. Não por acaso, Moscou exigiu a todas as partes "para que cessem imediatamente todas as formas de hostilidades".
A operação militar começou dois dias após Hadi enviar notificação ao Conselho da Segurança da ONU. As negociações sobre a criação das forças armadas árabes para combater o terrorismo, em primeiro lugar Estado islâmico, iniciadas pelo Egito, já se arrastam por mais de um mês.
Nenhum país árabe se juntou ao Egito quando as suas forças atacaram as posições dos terroristas na Líbia. A guerra civil da Líbia já dura vários anos. O diálogo é interrompido, e o poder várias vezes tem passado de umas mãos a outras, mas ninguém interveio. O Egito atacou somente após terroristas matarem seus cidadãos.
As situações no Bahrein e Iêmen são de natureza diferente, similar em um fator – em ambos os Estados existe o confronto entre xiitas e sunitas. Em ambos os países, o problema não é causado pelo fator religioso, as causas dos conflitos são mais de natureza social, mas eles afetam a luta entre a Arábia Saudita (juntamente com outros Estados sunitas) e o Irã.
Emad Abshenas, especialista iraniano em questões econômicas e políticas da emissora Sputnik, o editor-chefe do jornal iraniano Iran Daily (Irã Diário), opina que pessoas do Iêmen têm bastante armas para se proteger sem ajuda externa:
A especialista alemã em questões de islamismo e Iêmen, Marie-Christine Heinze, opina que o Irã não será a parte do conflito no Iêmen:
“O Irã apoiou os houthis, bem como o Hezbollah, mas não por meios militares, não havia fornecido as armas, não foi provado. Eles os apoiaram estrategicamente, com preparação de pessoas em campos de treinamento. O Irã agora tem outras preocupações relacionadas com o seu programa nuclear e não vai se envolver no conflito militar. Mas, claro, tudo isso levará a uma nova escalada do conflito entre a Arábia Saudita e o Irã”.