A coalizão internacional, com a participação da Arábia Saudita e de outros Estados do golfo Pérsico, começou na noite da quinta-feira (26) a operação militar contra os rebeldes houthis que têm controle sobre a maior parte do Iêmen. A coalizão realizou ataques aéreos contra o aeroporto da capital Sanaa e vários alvos militares. Como resultado, dezenas de pessoas mortas. Mais cedo, o presidente do Irã, Hassan Rohani, condenou a operação militar no Iêmen.
Konstantin Kosachev comentou os acontecimentos:
“A situação no Iêmen é explosiva, as partes em conflito são igualmente fortes e prontos para o combate. Poderia ser o início de uma guerra civil, especialmente porque ambos os lados têm apoio externo.”
Ele sublinhou que a Arábia Saudita interfere no conflito sem uma resolução da ONU, e a Liga Árabe tomou uma decisão adequada sobre o fato.
“O presidente do Iêmen deixou o país, mas a posição dos EUA é que a legitimidade do presidente não está em questão, mas que os rebeldes devem depor as armas.”
Ao mesmo tempo quando o presidente eleito ucraniano Viktor Yanukovich se encontrava na mesma situação, ele foi declarado pessoa non grata imediatamente. Segundo o deputado Kosachev, ambos os Estados sofreram um golpe de Estado.
Ao responder à questão da emissora Sputnik, se os EUA poderiam participar na propagação do conflito, Kosachev disse:
“Não tenho dúvidas que existiu a participação [norte-americana]”.
Ao mesmo tempo, ele achou difícil falar sobre a motivação, acrescentando que os norte-americanos às vezes agem irracionalmente.
Segundo o deputado, a Rússia já propôs uma solução pacífica para a situação, evitando o uso da força e por via de compromisso e das negociações.