A respectiva declaração foi publicada na página oficial de Internet da chanceler australiana, Julie Bishop.
As sanções introduzidas afetam a esfera financeira, o comércio de armamentos e de equipamentos de segurança e produção de petróleo, bem como o mercado de investimentos.
Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores russo, comentando a introdução de sanções contra a Rússia pela Austrália, disse lamentar que Camberra seja incapaz de compreender as verdadeiras causas do conflito na Ucrânia.
"Aparentemente, por causa de seu afastamento geográfico, as notícias sobre os acordos de paz de Minsk, aprovados em 12 de fevereiro e alcançados em grande parte graças à participação da Rússia, não chegarão à Austrália antes do verão. Mas é Kiev quem agora mina consistentemente as medidas acordadas de resolução de crise. Será que Camberra não deveria avaliar objetivamente e de forma independente o que está acontecendo?", comentou uma fonte da chancelaria russa.
A União Europeia impôs o primeiro conjunto de proibições de viagem e congelamento de bens contra pessoas e entidades supostamente responsáveis por desestabilizar a Ucrânia em março de 2014.
Ainda no ano passado, os Estados Unidos, a União Europeia e os seus aliados acusaram a Rússia de intervir no conflito ucraniano, inclusive prestando uma suposta assistência militar para os independentistas da região de Donbass, que haviam se insurgido por se recusarem a reconhecer a legitimidade do novo governo em Kiev.
Desde março de 2014, o Ocidente já impôs várias rodadas de sanções contra Moscou, visando não só indivíduos de alto escalão, mas também os setores bancários, de energia e de defesa da Rússia.
O Kremlin tem repetidamente negado qualquer envolvimento na crise interna da Ucrânia e qualifica as sanções como contraproducentes.