De acordo com o ex-vice-ministro do Petróleo do Egito, Mahmud Nazym, o conflito pode se arrastar pela península Arábica:
"Todos os Estados que participam da operação contra o Iêmen são produtores de petróleo, por isso há receios de que o território atingido pelo conflito pode se alargar, o que irá imediatamente afetar o fornecimento. Por isso, muita gente hoje quer comprar mais petróleo para se prover, caso tal roteiro aconteça".
O especialista acredita que tal situação dá-se devido à "sensibilidade" do mercado petroleiro.
Já Kamel al-Kharami, especialista em mercado petroleiro do Kuwait, acha que agora o mercado mundial tem um significante superávit do petróleo. Por isso, não haverá uma queda brusca dos preços.
"O Iêmen não é um grande produtor de petróleo. Os preços poderiam ser mais dependentes da mudança das relações entre o Irã e os Estados árabes. Eu acho que os preços irão crescer um pouco, mas no geral, a situação no Iêmen não irá afetá-los muito. Os preços irão oscilar em torno dos 60 dólares [por barril]".
Porém, o cientista político e diplomata iraniano Seyed Khadi Afaghi não considera que haverá uma subida dos preços.
De acordo com ele, a Arábia Saudita, "influenciada pelos Estados Unidos", "violou a lei da oferta e demanda" ao aumentar os tempos da produção, o que terminou deteriorando o mercado.