Opinião: Oriente Médio ficará polarizado entre sunitas e xiitas

© flickr.com / U.S. Department of DefenseMultinational ships are underway in formation in the Persian Gulf May 21, 2013, during International Mine Countermeasures Exercise.
Multinational ships are underway in formation in the Persian Gulf May 21, 2013, during International Mine Countermeasures Exercise. - Sputnik Brasil
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O chefe do Grupo iraquiano de pesquisas estratégicas, Wafiq al-Hashimi, concedeu entrevista à agência Sputnik Arabic, na qual comentou as consequências da criação das forçar militares unificadas árabes e traçou possíveis cenários de desenvolvimento do conflito no Iêmen.

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Segundo o especialista, “a formação das forças militares unificadas árabes não resultará em nada significativo, em função das permanentes contradições e conflitos na região”. Segundo ele os países europeus estariam por trás da iniciativa, tanto de forma política, quanto financeira. 

“Arábia Saudita conseguiu mostrar ao mundo que o Golfo está em perigo. Como resultado disso, o país, em 24 horas, logrou convocar uma grande quantidade de forças árabes sob sua liderança, para evitar acusações de que a Arábia Saudita estaria se intrometendo nos assuntos internos do Iêmen. Quanto ao Al-Sisi, vale destacar que o Egito enfrenta problemas financeiros. Egito precisa de dinheiro e foi por isso que passou a integrar a coalizão. O país procedeu da mesma forma, em 1991, quando participou da incursão militar contra Iraque com recursos dos países do Golfo. Al-Sisi disse em algumas ocasiões recentes sobre a necessidade de ajuda financeira ao seu país. A sociedade egípcia também pressiona ele por uma solução”. 

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Quando perguntado sobre o futuro da região, Wafiq al-Hashimi foi enfático.

“Na minha opinião, são três cenários possíveis. 1) Arábia Saudita, junto com os países da coalizão, seguirá os ataques aéreos no Iêmen por cerca de mais uma semana. 2) Os ataques aéreos no Iêmen durarão alguns meses ou anos. 3) A Arábia Saudita iniciará operações militares terrestres no Iêmen, o que guarda um grande perigo”.

Segundo o estudioso, estamos testemunhando a criação de duas grande forças na região. De um lado estão os sunitas (países do Golfo) e do outro os Xiitas (Irã). Eles explodirão a região, que se equilibra entre duas grandes forças, os EUA e a Rússia.

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