“Os países da coalizão afirmam pretender salvar o Iêmen. No entanto, mais de 4900 pessoas (e esse número cresce a cada dia) estão presas em aeroportos do mundo todo, pois nenhum país quer emitir visto para elas. Iemenitas não conseguem visto para viajar para lugar algum. Até o presente momento, o único país a receber refugiados do Iêmen é a Somália”, lamentou ela.
Segundo a especialista, 250 mil refugiados da Somália ficaram praticamente presos no país e vivem em condições precárias. Bem como os refugiados sírios e iraquianos. “Falta medicamentos e a situação em Aden e Sanaa só faz piorar”.
Ao mesmo tempo, Arábia Saudita e seus aliados realizam ataques aéreos em áreas densamente povoadas, pontou a especialista. Falta jornalistas na região, bem como representantes de ONGs, ou seja, “é muito difícil saber quem está matando quem”.
Al-Hamdani questionou a realização de ataques aéreos no seu país. “Como é possível derrotar uma ideologia submetendo todo um povo aos bombardeios?”. Como resultado disso, completou ela, 26 milhões de iemenitas podem se tornar reféns da disputa regional entre o xiismo do Irã (que supostamente estaria apoiando os rebeldes Houthis) e o sunismo da Arábia Saudita (que busca restaurar o governo do presidente Abed Rabboo Mansour Hadi).
O objetivo da operação é restaurar no poder o presidente Abed Rabboo Mansour Hadi.