ONU: situação em campo de refugiados palestinos em Damasco é "além de desumana"

© AP Photo / UNRWA, FileMoradores do campo de refugiados palestinos de Yarmuk, na Síria, fazem fila para receber alimentos
Moradores do campo de refugiados palestinos de Yarmuk, na Síria, fazem fila para receber alimentos - Sputnik Brasil
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Bombardeios e confrontos esporádicos foram registrados num campo de refugiados palestinos de Yarmouk na capital síria nesta segunda-feira.

 A situação no local, que está sob ataque de extremistas islâmicos, foi descrita por Chris Gunness, funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU), como "além de desumana". 

Hatem al-Dimashqi, ativista da região, que fica ao sul da Damasco, disse que o campo de Yarmouk estava sob ataque nesta segunda-feira. Tanto Al-Dimashqi como o grupo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, informaram que desde domingo a Força Aérea do governo sírio tem lançado várias bombas de barril no campo.

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Militantes do Estado Islâmico invadiram o local na quarta-feira, no que representa a mais profunda incursão do grupo na capital síria. Autoridades palestinas e ativistas sírios disseram que os extremistas se uniram a um grupo rival, afiliado à Al-Qaeda, a Frente Nusra, nas ações no local. Os dois grupos travaram violentos confrontos em outras partes do país, mas parecem estar cooperando no ataque a Yarmouk. 

Gunness, porta-voz da agência da ONU que apoia os refugiados palestinos, a UNRWA, disse, na noite de domingo, que a agência não tem conseguido enviar alimentos ou comboios para o campo desde o início dos confrontos. 

Segundo ele, "isso significa que não há comida, não há água e há poucos medicamentos. A situação no campo é além de desumana. As pessoas estão presas em suas casas, há confrontos nas ruas. Há relatos de bombardeios. Isso tem de parar e o civis devem ser retirados". 

Ele disse que 93 pessoas haviam sido retiradas do local. 

A ONU diz que cerca de 18 mil civis, dentre eles uma grande quantidade de crianças, não pode sair de Yarmouk. O campo está sob cerco do governo há quase dois anos, o que leva à fome e à proliferação de doenças. 

 

fonte: Estadão Conteúdo


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