A situação no local, que está sob ataque de extremistas islâmicos, foi descrita por Chris Gunness, funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU), como "além de desumana".
Hatem al-Dimashqi, ativista da região, que fica ao sul da Damasco, disse que o campo de Yarmouk estava sob ataque nesta segunda-feira. Tanto Al-Dimashqi como o grupo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, informaram que desde domingo a Força Aérea do governo sírio tem lançado várias bombas de barril no campo.
Gunness, porta-voz da agência da ONU que apoia os refugiados palestinos, a UNRWA, disse, na noite de domingo, que a agência não tem conseguido enviar alimentos ou comboios para o campo desde o início dos confrontos.
Segundo ele, "isso significa que não há comida, não há água e há poucos medicamentos. A situação no campo é além de desumana. As pessoas estão presas em suas casas, há confrontos nas ruas. Há relatos de bombardeios. Isso tem de parar e o civis devem ser retirados".
Ele disse que 93 pessoas haviam sido retiradas do local.
A ONU diz que cerca de 18 mil civis, dentre eles uma grande quantidade de crianças, não pode sair de Yarmouk. O campo está sob cerco do governo há quase dois anos, o que leva à fome e à proliferação de doenças.
fonte: Estadão Conteúdo