O status secreto dos documentos é ligado com uma série de aspetos, o mais importante dos quais é a segurança da informação das pessoas particulares, nomeadamente seus nomes e contatos, assim como a informação para uso interno dos serviços de segurança, manifestou o responsável pelas questões de segurança e resistência ao terrorismo da Holanda, Dick Schoof.
Em setembro de 2014, Holanda publicou um relato prévio, que só confirmou que o avião malaio se desintegrou durante o voo “por causa de danos estruturais provocados pela ação externa de numerosos objetos de alto potencial energético” mas não especificou a fonte destes objetos, deixando espaço para especulação sobre a arma usada para abater a aeronave. O relato completo pode ser publicado em outubro deste ano.
Sobre o fato de a Holanda não ter revelado o conteúdo de todas as suas investigações em torno da tragédia com o Boeing 777 da Malaysia Airlines, o Comandante Milian Heymann, especialista em segurança aérea, considera a questão extremamente complexa:
“Ao se analisar um fato de tamanha gravidade e de tão intensas proporções, não se pode deixar de levar em conta os fatores políticos que envolvem a questão. O avião da Malaysia Airlines sobrevoava uma região conflituosa, em que havia intensos combates e disparos de artilharia, de modo que as próprias circunstâncias indicam como diversos cuidados devem ser tomados na análise de tais questões. Na aviação, existem muitos fatos que dependem de um conjunto de análises. O que eu posso dizer é que uma tragédia na aviação nunca é causada por apenas um único fator, mas sempre por um conjunto de elementos causadores do resultado. Por isso, considero muito difícil a hipótese de que, um dia, saberemos as verdadeiras causas dessa tragédia”, afirma Milian Heymann.
O avião, que fazia a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, caiu em 17 de julho, na região de Donetsk. A bordo do avião seguiam 298 pessoas, incluindo 43 cidadãos da Malásia. Todas elas morreram.