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Com Cuba, Cúpula das Américas reúne líderes no Panamá
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A 7ª Cúpula das Américas reúne hoje (10) chefes de Estado e de Governo de todos os 35 países das Américas e do Caribe, incluindo Cuba, que participa do evento... 10.04.2015, Sputnik Brasil
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Com Cuba, Cúpula das Américas reúne líderes no Panamá
09:16 10.04.2015 (atualizado: 08:53 24.12.2021) A 7ª Cúpula das Américas reúne hoje (10) chefes de Estado e de Governo de todos os 35 países das Américas e do Caribe, incluindo Cuba, que participa do evento pela primeira vez.
O governo panamenho declarou feriado no país para esvaziar as ruas e garantir a segurança dos participantes.
A última vez em que os líderes dos EUA e de Cuba sentaram à mesma mesa em uma conferência hemisférica foi em uma reunião regional em 1956 – também na Cidade do Panamá. Três anos depois, a Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro, derrubou a ditadura de Fulgencio Batista, e em 1962, os EUA romperam relações com o novo governo comunista de Cuba e expulsaram a ilha caribenha da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O evento terá a presença do líder cubano, Raúl Castro, e do presidente norte-americano, Barack Obama – que em dezembro deu um passo histórico ao reconhecer o fracasso de meio século das políticas dos EUA para tentar isolar Cuba.
Se, por um lado, Washington e Havana perseguem um entendimento comum, a Venezuela, por outro, entra cada vez mais no foco das discussões. Os chanceleres que se reuniram na quinta-feira (9) para negociar a declaração conjunta dos presidentes não conseguiram chegar a um consenso: a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodriguez, queria incluir no documento uma condenação às sanções norte-americanas contra sete altos funcionários venezuelanos.
Em março, Obama anunciou que ia bloquear as contas e os bens desse grupo de venezuelanos nos EUA, por considerar que estavam envolvidos em atos de corrupção ou de violações de direitos humanos. Para justificar essa punição, Obama decretou que a Venezuela representava uma “ameaça à segurança” norte-americana.
A declaração de Obama foi duramente criticada na região e citada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para obter do Congresso poderes especiais. Agora, ele poderá governar por decreto, até o fim do ano, para conter a “ameaça” norte-americana.
Nos últimos dias, altos funcionários dos EUA moderaram o tom das críticas e asseguraram que Caracas de fato “não representa uma ameaça”. Maduro também disse que quer ter uma boa relação com os EUA, mas a chanceler venezuelana cobrou uma retificação, ou seja, a suspensão das sanções.
Outros temas a serem abordados na Cúpula das Américas serão a libertação de presos políticos na Venezuela, os termos do acordo bilateral para a normalização das relações entre os EUA e Cuba, a exclusão da ilha caribenha da lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo, o fim do bloqueio econômico e financeiro contra Havana, a visita da presidenta Dilma Rousseff aos EUA e a espionagem dos EUA na América Latina.